terça-feira, 16 de junho de 2009

Variáveis de um projeto de saúde




De acordo com a arquiteta Ana Carolina M. Tabach, diretora de projetos da C+A Arquitetura e Interiores, o projeto de saúde deve atender a alguns requisitos fundamentais, que influenciam no resultado final do estabelecimento de saúde. “O primeiro é a flexibilidade e a possibilidade de expansão, sem interferir no funcionamento das atividades que já estão em funcionamento. O projeto precisa ser imaginado com uma vida útil longa, não apenas enfocando a área física. Ele deve, por exemplo, prever um possível aumento da capacidade de atendimento e estar pronto para as prováveis expansões tecnológicas, atendendo à demanda e ao surgimento de novos equipamentos”, diz.

Outra característica que deve ser contemplada no planejamento é a racionalização dos espaços, uma vez que o valor do metro quadrado construído dessas instituições é muito mais alto do que o das áreas residenciais e corporativas. “Além de racional, o projeto tem que ser inteligente, econômico e sustentável”, defende Ana Carolina Tabach.


O controle de infecções é outro aspecto que deve ser muito discutido, pois implica em detalhes arquitetônicos importantes. “Essa é uma preocupação fundamental se a unidade de saúde realizar atividades de alta complexidade, como por exemplo, procedimentos cirúrgicos. É muito importante que se trate o ambiente cirúrgico como uma área restrita, com controle de acesso e barreiras físicas que permitam diminuir o risco de contaminações”, conta Ana Carolina.

Nos dias de hoje, não podemos deixar de considerar a humanização do ambiente. “E isso representa projetar ambientes com menos aparência de hospital, utilizando recursos de projeto, seja por meio da criação de aberturas que permitam iluminação e ventilação natural, seja pela escolha das cores nas paredes ou até por um projeto de paisagismo diferenciado”, conta a arquiteta.

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